sábado, 21 de maio de 2016

A MINHA CASA FLORIDA































Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Minha Casa Florida!

A minha casa é bela e florida,
Mais linda que o firmamento,
Onde vivo com encantamento,
Junto à minha mulher querida.

À noite com ela vejo as estrelas,
Nos altos céus sempre a brilhar,
Enchem de luz e cor nosso olhar,
E não nos cansa por serem belas.

Pedimos a Deu a sua protecção,
À nossa boa e preciosa casinha,
Que Deus nos deu bem lindinha.

Por isso já Lhe rezei um oração,
Cheio da fé e devoção que tinha,
Com a bela mulher que é minha.

Torres Novas, 21/05/2016

Foto: Net

CULPAS E DESCULPAS






















Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.
Culpas e Desculpas!
Dizem que o mundo do futebol,
A cada dia tem mais problemas,
E que já existem tantos dilemas,
Que nem cabem dentro dum rol.

Alguns tem queixas dos árbitros,
Outros reclamam dos jogadores,
Todos falam mal dos treinadores,
E há casos muito tristes e sinistros.

Há culpados a pedir as desculpas,
E outros resolvem coisas a quente,
Mas anda o grande mar de gente
A jogar à pancada sem ter culpas.

Caso parecido se passa na política,
Com muita zaragata nas palavras,
Andam lá tantas feras, tão bravas,
Mesmo sem razão fazem só críticas.

Mostram-se todos bem eloquentes,
E todos dizem apenas as verdades,
Depois são rotuladas de falsidades,
Pelos deputados que são oponentes.

Na Assembleia não há as desculpas,
Porque ai ninguém se acha culpado,
Mas o povo sem culpas é o castigado,
Apelidado de ser das massas incultas.

Afinal, que lá fazem tantos doutores,
A receberem os grandiosos ordenados,
Pagos pelos muitos impostos cobrados,
Que só fazem viver o povo dias piores.

O nosso país já não é bem governado,
Mas essa culpa há-de morrer solteira,
A dívida externa sobe de tal maneira,
Que Portugal ficará falido arruinado.

Torres Novas, 21/05/2016

Foto: Net

O TEMPO É ETERNO






Relicário de Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Tempo é Eterno!

Quem suspira perde tempo,
Porque ele não pode parar,
O tempo gasto por suspirar,
Não passa de contratempo.

Somos filhos de outro tempo,
Porque ele passa e não volta,
Ele vive sempre à rédea solta,
Pois é esse o seu passatempo.

Nem o mais lindo rosmaninho,
Tem a sorte que tem o tempo,
Passa por muito contratempo,
O tempo lhe rouba o cheirinho.

Até uma bela rosa-albardeira,
Que vive desprezada no mato,
Tem um fim triste e tão chato,
A seca dá-lhe a morte certeira.

Mas o tempo vive eternamente,
Sem ter princípio e sem ter fim,
Pois foi Deus que o criou assim,
A nós criou-nos duma semente.

Torres Novas, 21/05/2016

Foto: Net