quinta-feira, 4 de agosto de 2016

AO CORRER DA PENA








































Relicário de Manuel Mar

AO CORRER DA PENA

Quem julga que tudo sabe
Já não passa da cepa torta
O saber não bate na porta
De quem tem tal vaidade!

Quem se julga importante
Perde muito do seu tempo
O cabelo torna-se cinzento
Tudo muda num instante!

Quem se arroga de sabido
Tem que ter muito cuidado
Para não se achar perdido
Na primeira dificuldade!

Não pagar o que se deve
Não dá sorte a ninguém
Torna-se ladrão também
A dívida nunca prescreve.

O mundo viveria melhor
Se não houvesse maldade
Quem não diz a verdade
Faz o mundo muito pior!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 4/08/2016

Foto: Net

SONHEI SER POETA
































Relicário de Manuel Mar

SONHEI SER POETA

Ser poeta foi o meu sonho
Só via o mundo encantado
Senti a pobreza a meu lado
Mas tudo parecia risonho!

Não havia tanta maldade
Se havia, vivia escondida
Não havia gente perdida
Mas havia mais caridade!

Mas do sonho à realidade
Rebusquei mais a verdade
E perdi esse doce encanto!

Hoje que há mais riqueza
Ainda vive pior a pobreza
E é maior a dor e o pranto!


Manuel Mar.
®
Torres Novas,4/08/2016

Foto: Net