Relicário de Manuel Mar
A MINHA NOSTALGIA
A minha nostalgia me transformou
Sou marinheiro da vida sem fundo
Vivendo no vazio do outro mundo!
Navego num barco com a saudade
Dessa vida sempre muito atrevida
O largo mar de maldade proibida!
Sou capitão duma vida que renego
Onde toda a esperança já morreu
Seguindo os passos do mundo ateu!
Galguei as ondas cruéis desta vida
Vencendo as tempestades infindas
Perdi-me no mar das musas lindas!
Hoje carrego na memória nostalgia
E se o vendaval da vida me fustiga
Já nenhuma das musas me é amiga!
Sou prisioneiro da minha saudade
E dos meus poemas tão silenciosos
Mas que em sonho foram gloriosos!
Manuel Mar.
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Torres Novas, 8/08/2016
Foto: Net