domingo, 1 de maio de 2016

A VIDA DE HOMEM

















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A vida de homem!

Complexa é a vida de um homem,
Que ama a vida e sabe o que quer,
Só pensa naqueles que não comem,
E nas guerras que tudo consomem,
Que ambiciona casar e ter mulher.

Enfrenta dificuldades na sua vida,
Sem pânico e sem medo de vencer,
E não quer nenhuma luta perdida,
Nunca se sente vencido à partida,
Lutando toda a vida e até morrer.

Trabalha com amor à sua profissão,
Procurando ser sempre competente,
Para merecer a melhor retribuição,
Empenha-se com esforço e devoção,
Para ser sempre honesto e eficiente.

Não quer rixas nem sequer querelas,
Vive com calma muito serenamente,
Foge do vício, não cai em esparrelas,
Mas gosta de contemplar as estrelas,
Sendo prudente e mais complacente.

Mas não há regra sem ter excepção,
Quando se mete nos copos à noite,
Por vezes surge a grande confusão,
Todos falam e querem ter a razão,
O que dá azo para surgir o açoite.

O homem cria sempre as amizades,
Com gente boa e outra de ocasião,
Nem sempre se dizem só verdades,
O mundo anda cheio de maldades,
O bom amigo é sempre um irmão.


Torres Novas, 1/05/2016


sábado, 30 de abril de 2016

RELICÁRIO: A VIDA É UMA PASSAGEM

RELICÁRIO: A VIDA É UMA PASSAGEM

VIDAS DESTROÇADAS



























Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

Vidas destroçadas!

Alguns falam da crise presente,
Como se bebe um copo de água,
Há quem mostre grande mágoa,
Há quem seja muito indiferente.

Os causadores toda agente diz,
Foi a má política de insensatos
Governos responsáveis por actos,
Que depauperaram todo o país.

Arranjaram tantas trapalhadas,
A corrupção fazia tudo ser seu,
Reinava um clima de vingança.

Causaram-se vidas destroçadas,
A quem o seu emprego perdeu,
Que vive agora sem esperança.

Torres Novas, 30/04/2016


sexta-feira, 29 de abril de 2016

OS DESEJOS














Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os desejos!

Os desejos são próprios da vida,
E acontecem a qualquer pessoa.
Todos querem ter uma vida boa,
Já ninguém gosta da despedida.

Todos desejam amor e felicidade,
Viver bem e ter só boas amizades,
Ter quem lhe faça suas vontades,
Que só lhe falem com a verdade.

Mas os desejos provocam dilemas,
Porque todos preferem o melhor,
Alguém terá que ficar com o pior,
Por vezes surgem as tristes cenas.

Nem todos os desejos são normais,
Há sempre quem faça muito mal,
E quem goste de jogar o carnaval,
E quem tenha os gostos especiais.

Toda a gente deseja ter boa sorte
Mais o grande prémio da lotaria,
Já é sorte viver bem em cada dia,
Mas ninguém deseja a sua morte.


Torres Novas, 29/04/2016




quinta-feira, 28 de abril de 2016

A VIDA DO SER HUMANO





















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Vida do Ser Humano!

O sexo comanda a nossa vida,
Bem como a de toda a gente,
Porque ele tão simplesmente,
É o obreiro de forma decisiva.

O homem fecunda a mulher,
Que gera nova descendência,
Dotada pela transcendência,
Do género que o acaso fizer.

O fruto da relação irá nascer,
Esperando viver muitos anos,
Muito feliz com grande sorte.

Na vida tudo pode acontecer,
A qualquer dos seres humanos,
Mas ninguém escapa da morte.


Torres Novas, 28/04/2016

quarta-feira, 27 de abril de 2016

A POLÍTICA ESTÁ DOENTE





















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

A Política está doente!

A política, nobre arte ancestral,
Que viveu na sombra do poder,
Mudou muito mas é fácil de ver,
Que se apoderou do poder real.

Transformada em arte especial,
A política é hoje a dona de tudo,
O povo a ver Braga pelo canudo,
Sofre as crises como coisa banal.

Mas afinal os grandes culpados,
São políticos maus e demagogos,
Que mal governam a sua Nação.

Sugam o sangue aos desgraçados,
Para terem carros de luxo e novos,
Ao pobre nem lhe chega para pão.


Torres Novas, 27/04/2016














Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

A Política está doente!

A política, nobre arte ancestral,
Que viveu na sombra do poder,
Mudou muito mas é fácil de ver,
Que se apoderou do poder real.

Transformada em arte especial,
A política é hoje a dona de tudo,
O povo a ver Braga pelo canudo,
Sofre as crises como coisa banal.

Mas afinal os grandes culpados,
São políticos maus e demagogos,
Que mal governam a sua Nação.

Sugam o sangue aos desgraçados,
Para terem carros de luxo e novos,
Ao pobre nem lhe chega para pão.


Torres Novas, 27/04/2016

RELICÁRIO: O 25 DE ABRIL

RELICÁRIO: O 25 DE ABRIL

terça-feira, 26 de abril de 2016

A RITA NAMORADEIRA
















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Rita Namoradeira!

A vida da Rita era maravilhosa,
Ela era na sua terra um encanto,
Que parecia ser santa misteriosa,
Sempre recolhida lá no seu canto,
E era muito linda e bem formosa.

Mas um rapaz quis casar com ela,
Escreveu uma carta e lha enviou,
Com linda mensagem tão singela,
Que ela quando a leu até chorou,
Porque nunca lera carta tão bela.

E aceitou o namoro à experiência,
Porque não queria compromissos,
Começou o namoro com decência,
E a falar com outros os metediços,
Que cortejavam com inteligência.

O povo começou a criticar a Rita,
A chamar-lhe Maria dos Rapazes.
Ela sentiu-se tão mal e tão aflita,
Porque más-línguas são capazes
De a gente boa tornar interdita.

A sua fama de ser namoradeira,
Criou os ciúmes ao seu namorado,
Que lhe fez a grande maroteira,
De deixar o seu namoro de lado,
Sem qualquer razão verdadeira.

A Rita sentiu-se tão humilhada,
Que logo decidiu ir para freira,
Ela desejava ser mulher casada,
Mas desprezada ficava solteira.
Toda a má-língua é depravada.

Depois entrou para o convento,
Mas o povo não podia acreditar,
E houve muito choro e lamento,
Ninguém queria sequer aceitar.
Remorsos do seu procedimento.


Torres Novas, 26/04/2016

O 25 DE ABRIL


Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

  • O 25 de Abril!
  •  
  • O passado nunca se apaga,
  • Do espírito do ser humano,
  • É por isso que em cada ano,
  • Toda a história se propaga.
  •  
  • O 25 de Abril é dia especial,
  • Já pertence à nova tradição,
  • Todo o povo da nossa Nação,
  • Comemora o dia de Portugal.
  •  
  • O fascismo acabou nesse dia,
  • Para se ter a plena liberdade,
  • O povo assumiu com vontade
  • Viver de novo em democracia.
  •  
  • Como em todas as revoluções,
  • Uns perdem e outros ganham,
  • E há alguns que se amanham,
  • Muitos só ficam com as ilusões.
  •  
  • É bem essa a nova realidade,
  • Instalaram-se os exploradores,
  • O povo recebeu alguns favores,
  • Mas não alcançou a igualdade.
  •  
  • Agravaram-se as dificuldades,
  • À vida duma maioria do povo,
  • Muitos já emigraram de novo,
  • Não podemos calar verdades.
  •  
  • Torres Novas, 26/04/2016

segunda-feira, 25 de abril de 2016

OS DIAS FELIZES






























Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

Os Dias Felizes!

Os dias felizes da infância,
São de esperança e contentamento,
Passam muito lentamente,
Por entre jogos e brincadeiras,
Na ânsia de crescer e ser gente,
Para dar um rumo à vida,
Entrega-se muito ao estudo,
Para aprender e saber,
Preparando-se para o trabalho,
Vive a pensar numa profissão,
Por entre incertezas cruéis,
Surgem grandes dificuldades,
Os dias felizes terminam,
Quando chegam os problemas,
E tudo se torna confusão,
Bate forte o coração,
E morre muita ilusão,
Até que deixa de ser criança,
E sente-se feito adulto,
Numa radical mudança.
Enfim!
Acabaram tantos dias felizes,
Morreram as brincadeiras,
Surgem as responsabilidades,
Sempre trazendo canseiras.


Torres Novas, 25/04/2016

sábado, 23 de abril de 2016

AS CISMAS





















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

As Cismas!

Acordei com grande pesadelo,
Que me provocou muita cisma,
Sentia a maior dor de cotovelo,
De alguém que era um modelo,
Cheio de beleza e mais carisma.

Talvez estivesse mal acordado,
Ou visse tudo pelo meu prisma,
Mas passei por um mau bocado,
Porque estava muito ensonado,
Ou tudo seria afinal um cisma.

Esse modelo de graça e beleza,
Obcecou-me completamente.
Eu procurava ter uma certeza,
Se seria príncipe ou a princesa,
Por querer saber simplesmente.

Acabei a rir por me convencer,
Que não era nenhum o dilema,
Tais cismas só podem aparecer,
Se houver coisas para resolver,
É a viver se resolve o problema.

Continuo a cismar com o tema,
Tenho de o por atrás das costas,
Para viver de forma bem serena.
Mas esta vida é uma nobre arena,
Cá se ganham ou perdem apostas.


Torres Novas, 20/04/2016

FERAVIDEOS


A VIDA É CRUEL








Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.


A Vida é Cruel!


A vida do rico é maravilhosa,
A do pobre é tão desgraçada,
Rico tem tudo, o pobre nada,
Mas a Pátria é sempre ditosa.


Filho de pobre só dá magala,
O do rico dá um comandante,
Que tem carro e tem amante,
Ai do pobre se não bate pala.


Na tropa nada somos iguais,
Há comida para ao soldados,
Há messe para os graduados,
Onde só há comidas especiais.


O ordenado de administrador,
Não tem normas nem limites,
É mais à medida dos apetites,
E tem de ser porque é doutor.


Agora que temos democracia,
Os pobres vivem escravizados,
São maioria e desorganizados,
Sujeitando-se à politicócracia.

Torres Novas, 23/04/2016




A VIDA É CRUEL




Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Vida é Cruel!

A vida do rico é maravilhosa,
A do pobre é tão desgraçada,
Rico tem tudo, o pobre nada,
Mas a Pátria é sempre ditosa.

Filho de pobre só dá magala,
O do rico dá um comandante,
Que tem carro e tem amante,
Ai do pobre se não bate pala.

Na tropa nada somos iguais,
Há comida para ao soldados,
Há messe para os graduados,
Onde só há comidas especiais.

O ordenado de administrador,
Não tem normas nem limites,
É mais à medida dos apetites,
E tem de ser porque é doutor.

Agora que temos democracia,
Os pobres vivem escravizados,
São maioria e desorganizados,
Sujeitando-se à politicocracia.

Torres Novas, 23/04/2016

A VIDA É CRUEL




















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

A Vida é Cruel!

A vida do rico é maravilhosa,
A do pobre é tão desgraçada,
Rico tem tudo, o pobre nada,
Mas a Pátria é sempre ditosa.

Filho de pobre só dá magala,
O do rico dá um comandante,
Que tem carro e tem amante,
Ai do pobre se não bate pala.

Na tropa nada somos iguais,
Há comida para ao soldados,
Há messe para os graduados,
Onde só há comidas especiais.

O ordenado de administrador,
Não tem normas nem limites,
É mais à medida dos apetites,
E tem de ser porque é doutor.

Agora que temos democracia,
Os pobres vivem escravizados,
São maioria e desorganizados,
Sujeitando-se à politicócracia.

Torres Novas, 23/04/2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

AS IGUALDADES





















Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.

As igualdades!

O orgulho e a modéstia eram vizinhos,
E um dia combinaram uma patuscada,
Compareceram ambos à hora marcada,
E levaram os seus grandes amiguinhos.

A modéstia levou com ela a bondade,
Com quem vivia mais acompanhada,
O orgulho a sua fatal amiga maldade,
Porque sem ela não podia fazer nada.

Na mesa só colocaram as suas virtudes,
O orgulho mostrou seus ódios e ciúmes,
A modéstia as simpatias e as verdades.

Ao tomarem essas excelentes atitudes,
Mostraram suas vidas e seus costumes,
Porque no mundo não há igualdades.


Torres Novas, 22/04/2016

quarta-feira, 20 de abril de 2016

AS CISMAS





















Relicário da Nostalgia
Autor: Manuel Mar.

As Cismas!

Acordei com grande pesadelo,
Que me provocou muita cisma,
Sentia a maior dor de cotovelo,
De alguém que era um modelo,
Cheio de beleza e mais carisma.

Talvez estivesse mal acordado,
Ou visse tudo pelo meu prisma,
Mas passei por um mau bocado,
Porque estava muito ensonado,
Ou tudo seria afinal um cisma.

Esse modelo de graça e beleza,
Obcecou-me completamente.
Eu procurava ter uma certeza,
Se seria príncipe ou a princesa,
Por querer saber simplesmente.

Acabei a rir por me convencer,
Que não era nenhum o dilema,
Tais cismas só podem aparecer,
Se houver coisas para resolver,
É a viver se resolve o problema.

Continuo a cismar com o tema,
Tenho de o por atrás das costas,
Para viver de forma bem serena.
Mas esta vida é uma nobre arena,
Cá se ganham ou perdem apostas.


Torres Novas, 20/04/2016

domingo, 17 de abril de 2016

O AMOR É LOUCO





FADO DA VIDA






































Relicário do fado
Autor: Manuel Mar.

O Fado da Vida!

O fado é um espelho da vida,
Que reflecte pecados e virtudes,
As boas e as más atitudes,
Tanto do pobre embriagado,
Como do rico impertinente,
O fado é simplesmente,
Um espelho do viver.
Fala das mágoas pungentes,
Dos amores fracassados,
De tantos maus bocados,
Que sofre muita gente,
O fado será eternamente,
Um viver desventurado.
O fadista entoa na sua voz,
O que sente no coração,
Com sentimento e emoção,
Do seu estado da alma,
Canta em lugares consagrados,
Acompanhado à guitarra,
Ou simplesmente à capela,
Aspirando uma vida bela,
E amores compassivos,
Como dos romances antigos,
Que conhece por tradição.
O fado é amor magoado,
É saudade e amargura,
Porque a vida é crua e dura,
É coração atormentado,
Que se reconforta,
Cantando o fado.


Torres Novas, 17/04/2016