sábado, 4 de junho de 2016

SEGREDOS ÍNTIMOS



















Mundo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Segredos Íntimos!

No labirinto da alma tenho segredos,
Que guardo sem os contar a ninguém,
São as tristezas de que faço armazém,
Um cofre onde guardo os meus medos.

Estão lá as loucuras de amor insensato,
Que cometi na busca de bons prazeres,
A inveja de quem tinha belas mulheres,
E as desventuras deste mundo ingrato.

Não acredito em quaisquer bruxedos,
Embora saiba que as bruxas existem,
E boa gente a quem elas deram sorte.

Levo para a eternidade esses segredos,
Porque eles não interessam a ninguém,
Espero viver bons anos antes da morte.

Torres Novas, 4/06/2016

Foto: Net

PALAVRAS O VENTO LEVA

































Abrigo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

Palavras o Vento Leva!

As palavras belas agradam mais,
Quando dão alegria e esperança,
Este mundo nunca pára, avança,
Sempre de acordo com os rituais.

Elas nunca são de igual duração!
Para a palavra dar a segurança
Só escrita por um oficial tabelião,
Mas que dê garantia e confiança.

O vento leva as palavras já ditas,
Quer no público como no privado,
E ao falar temos que ter cuidado.

Podem ser embelezadas com fitas,
Para terem diferente significado,
E qualquer um pode ser entalado.

Torres Novas, 4/06/2016

Foto: Net

O POETA ENCLAUSURADO



























Abrigo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Poeta Enclausurado!

Quando o poeta diz a verdade,
Não vai agradar toda a gente,
Mas se fere do Rei a dignidade,
É enclausurado normalmente.

Com um poeta preso, no geral,
O castigado é mais o seu leitor,
O poeta preso torna-se virtual,
Sentindo mais a seu real valor.

O poeta ama a vida e a moral,
E é um escravo com dignidade,
Que apenas escreve a verdade.

Ficar fechado dentro da prisão,
Dá maior vigor ao seu coração,
E está mais livre na realidade.

Torres Novas, 4/06/2016

Foto: Net


sexta-feira, 3 de junho de 2016

A BEBEDEIRA POÉTICA























Abrigo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

A Bebedeira Poética!

Ando embriagado pela poesia,
Mas o vinho não me embriaga,
Penso que é devido à carestia,
Que aumenta sem dizer nada,
Vou ter de usar nova filosofia,
Senão será o fim da macacada.

Será que eu bebo as palavras,
Quando as estou apenas a ler,
Ou elas já se sentem escravas,
Vingam-se mas sem eu saber,
Eu já ando é a pagar as favas,
Mesmo até antes de as comer?

Se a poesia que me embriaga,
Mesmo sem gastar o dinheiro,
Poesia que ninguém me paga,
Está a encher meu mealheiro,
Eu faço dos versos uma praga,
Para encher o mundo inteiro.

E para me passar a bebedeira,
Antes da musa serena acordar,
Eu hei-de encontrar a maneira,
E sem a minha musa provocar,
Vou de férias a semana inteira,
Mas só, se ela não se importar.

Torres Novas, 4/06/2016
Foto: Net


O JEITO DE AMAR

































Abrigo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Jeito de Amar!

Cada um tem o seu jeito de amar,
E sem provocar qualquer dilema,
Quando há delicadeza no tratar,
E clareza nos modos de respeitar,
Nunca haverá lugar a problema.

Mas no caso de ser outro o sistema,
É só com delicadeza tudo se ajeita,
A não ser possível nenhum dilema,
Quando se fala e de forma serena,
Já se resolve e se preciso se enfeita.

Há quem ame em jeito de poema,
Com cenas de luz resplandecente,
Há quem goste de amar na cama,
Com sua tão doce e terna amante,
Quando a paixão aperta a quente.

Mas quem ganha o jeito de amar,
Torna-se feliz e dá mais felicidade,
Nocoração há amor a transbordar,
Sente-se no céu ao estar a namorar
Mas se sai o coração sente saudade.

Torres Novas, 3/06/2016

 Foto: Net

O ESTUPRO























Abrigo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

O Estupro!

Mote
Violência sexual contra mulher
Adolescente virgem e indefesa,
Nunca é só um crime qualquer,
É a violação da nossa natureza.
I
Temos visto nas notícias dos jornais,
Casos que só nos enchem de tristeza,
Criminosos e com perversões sexuais,
Usam a violência com a maior frieza,
Actuam em grupos de seres anormais,
Como foi o caso no Brasil de certeza,
Que trinta e três homens “uns animais”
Violaram a menina encima da mesa,
A coitada tinha apenas dezasseis anos,
Mas sofreu muitos e irreparáveis danos.
II
Há homens muito piores que animais,
Que atacam como lobos em alcateias,
Usando instintos tidos como anormais,
Porque violam e sem teias nem peias,
E se transformam em monstros fatais,
Tem o diabólico sangue nas suas veias,
Devem ser marcados criminosos reais,
Capados, a evitar outras acções feias.
Eles mereciam a morte, a maior pena,
Ou a menor pena, a de prisão eterna.

Torres Novas, 3/06/2016

Foto: Net

quinta-feira, 2 de junho de 2016

AS AMIZADES























Abrigo da Poesia
Autor: Manuel Mar.

As Amizades!

Ser amigo é como ser irmão,
É comunhão de ideias iguais,
Criando bons laços de união,
Vividos com alma e coração,
Os seus bons e nobres ideais.

São amizades incondicionais,
Mantidas com o seu respeito,
São sinceros; são muito leais,
E até nas ideias mais banais,
São ternos amigos do peito.

A amizade constrói alegrias,
Pela sua franca cooperação,
E motivada pelas simpatias,
Que os juntam todos os dias,
Com respeito e consideração.

As suas relações verdadeiras,
Originam tão firme amizade,
Que até suportam canseiras,
Mostrando só boas maneiras,
Falando só com sinceridade.

Quem perde seu amigo chora,
Com lágrimas muito sentidas,
Pois ele partiu; foi-se embora,
E sente cruel e triste essa hora,
São tão penosas as despedidas.

Torres Novas, 3/06/2016

 Foto: Net

AS INCERTEZAS DA VIDA































Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

As Incertezas da Vida!

Com a dúvida ou com a certeza,
Enfrentamos a situação da vida,
Para tratar de tudo com clareza,
É preciso ver a dúvida esclarecida.

As questões surgem a toda a hora,
A nossa vida é cheia de incertezas,
E quem anda pela estrada a fora,
Só se orienta se tiver boas certezas.

Neste mundo reinam as incertezas,
É necessário conhecer as situações,
Para se evitarem dores e tristezas,
O que nos causam os trambolhões.

Quando saímos de casa para a rua,
Enfrentamos sempre tantos perigos,
Pois alguns julgam que ela é só sua,
Porque são malcriados e atrevidos.

É preferível viver com boas dúvidas,
Do que andar confiado em certezas,
Temos cá pessoas parvas e estúpidas,
E fazem da vida antro de incertezas.

Torres Novas, 2/06/2016

Foto: Net

quarta-feira, 1 de junho de 2016

A VIDA É FANTASIA DANÇANTE

























Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

A Vida é Fantasia Dançante!

As fantasias d’uma alma virgem,
Se enleiam n’uma dança musical,
Simulando felicidade e miragem,
No seu desabrochar sentimental.
A paixão pela música já avança,
E com o primeiro passo de dança.

A criança vive com suas fantasias,
A bailarem no fundo da sua alma,
Que lhe dão felicidades e alegrias,
Reflectindo-se na sua face calma.
E a criança pula sempre contente,
Toda a sua vida corre lindamente.

Mais tarde com o avanço da idade,
Vai deixar de ser uma bela criança,
Chega a juventude e sua virilidade,
Porque a idade não para e avança.
Só quando velho sentirá a saudade,
Dos seus anos felizes da mocidade.

Torres Novas, 2/06/2016

Foto: Net

A DANÇA DA VIDA













Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

A Dança da Vida!

A vida é a nossa melhor amiga,
Eu acredito naquilo que penso,
Mesmo que ela nos dê a fadiga,
Quando temos trabalho imenso.
Mas sem trabalho não há nada,
Nossa vida fica toda estragada.

A vida anda sempre em dança,
Quando há ferro falta o carvão,
Se comemos bem cresce a pança,
Sem a farinha não se faz o pão.
Digam lá se não tendo a razão?
Só falta é a boa administração!

Quando tenho boa inspiração,
A vida põe-me logo a filosofar,
Se fico triste e me dói o coração,
As palavras param de dançar.
Por isso tenho tanta admiração,
Por quem nunca foi trapalhão.

Mas que a vida dança e a girar,
Aprendi isso ainda muito novo,
O povo trabalhava até se fartar,
Nunca faltou trabalho ao povo.
O Governo mexe mal o baralho,
Tanto povo dança sem trabalho.

Torres Novas, 1/06/2016

Foto: Net

terça-feira, 31 de maio de 2016

ESTADOS DA ALMA





















Relicário de M. Mar.
Autor: Manuel Mar.

Estados da Alma!

Sinto diversos estados da alma,
Que por vezes brigam comigo,
Nem todas aceitam o que digo,
E eu já tenho perdido a calma.

Será que possuo diversas almas?
Terá a minha alma mais irmãs?
Agora tenho apenas ideias vãs!
Já são grandes minhas mágoas!

Pois eu temo que tanta tristeza,
Me transforme e me faça louco,
Por estes maus estados de alma.

Porque já nem tenho a certeza,
Se nelas mando muito ou pouco,
E já vou perdendo toda a calma.

Torres Novas, 31/05/2016

Foto: Net

SER POETA



























Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

Ser Poeta!

Todo o poeta ama a bela poesia,
Com afecto total e incondicional,
Sente a alma repleta de alegria,
Que o faz parecer muito original,
Com toda a cor e muita fantasia.

O poeta sente com o seu coração,
O que lhe acontece no seu mundo,
Escreve sempre com mais paixão,
O seu amor terno e tão profundo,
Como quando reza a sua oração.

Da sua pena nascem maravilhas,
Criadas pela engenhosa filosofia,
Palavras que parecem suas filhas
E nos transmitem a cor e melodia,
De que tanta gente faz partilhas.

A esperança que o poeta anima,
Dá plenitude à sua forma de ser,
Que toda a sua bela obra-prima,
Embora inspirada pelo seu saber,
É espontânea de rara beleza fina.

O espírito do poeta é requintado,
Que lhe marca a sorte e o destino,
As suas palavras é tão engraçado,
Elas entusiasmam como um hino.
Ser poeta! É ser um predestinado!

Torres Novas,31/05/2016

 Foto: Net

O ANJO DA GUARDA
























Relicário Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar

O Anjo da Guarda!

Deus na sua infinita bondade,
Deu a todos o Anjo da Guarda,
Mas é um ser tão discreto,
Talvez até um espião secreto,
Para nos defender do inimigo,
E nos dá bons conselhos,
Para quando nos virmos aos espelhos,
Não termos tanta vaidade.
Mas o nosso anjo tem um grande rival,
Aquele Diabo que falando bem,
Nos inspira o caminho do mal,
A luxúria e a avareza e outros mais,
Onde caímos que nem pardais,
Nos sete pecados mortais.
Se temos o Anjo da Guarda,
Que nunca vemos e quase não sentimos,
Mas quando a vida está parda,
É a ele que rezamos e pedimos,
Que nos salve dessa aflição,
Que temos no coração.
O ser humano tem total liberdade,
Pode fazer o bem ou a maldade,
Mas tem sempre responsabilidade.
Cuidado que quem faz maldade,
Fica sujeito a castigo,
Mas quem dá pão ao mendigo,
Pratica a caridade bendita.

Torres Novas, 31/05/2016

Foto: Net

NEM TUDO SÃO ROSAS








































Relicário M. Mar.
Autor: Manuel Mar.

Nem Tudo são Rosas!

Aquelas que olham o meu sorriso,
Muitas não fazem pequena ideia,
Das rosas que eu colhi no Paraíso,
E que dei a quem me deu boleia.

Paraíso é o nome do meu jardim,
Onde planto as flores com amor,
Elas são de um encanto sem fim,
Nem há outras do seu esplendor.

Mas na vida nem tudo são rosas,
Há zangas, brigas que dão dores,
Até acontece com nossos amores.

Quando chegam horas dolorosas,
Ponho-me a mirar as lindas flores,
Só para esquecer meus dissabores.

Torres Novas, 31/05/2016

Foto: Net

segunda-feira, 30 de maio de 2016

OS ESPÍRITOS NÃO DORMEM































Relicário de Manuel Mar.
Autor: Manuel Mar.

Os Espíritos Não Dormem!?

Quando o nosso corpo dorme sereno,
Está a nossa alma ocupada em vigia,
E desenrolando com sonhos e magia,
De que acordamos de modo ameno.

Mas se na memória temos segredos,
Como no baú muito bem trancados,
Às sete chaves muito bem fechados,
A alma sabe todos os nossos enredos.

A nossa alma não precisa de chaves,
Para abrir o nosso cofre tão sagrado,
É mais sentinela, e tudo é registado,
Tal como fazem ao vinho nas caves.

É de concluir que a alma não dorme,
Mas este mistério da vida do espírito,
E ainda que, possa ter algum mérito,
Esse grande mistério é ainda enorme.

Um homem que goste de tudo saber,
Esforça-se a aprender pouco ou nada,
A natureza tem a sabedoria gravada,
Só Deus que sabe tudo, não quer dizer.

Torres Novas, 30/05/2016

Foto: Net