domingo, 3 de julho de 2016

OS DESENCONTROS DA VIDA







































Manuel Mar. “Poesia”

OS DESENCONTROS DA VIDA

Quando eu era ainda pequeno,
Mas andava já na quarta classe,
Uma cachopa fez-me um aceno,
Que fiquei impávido mas sereno,
À espera que ela depois voltasse.

Esperei mas ela não mais voltou,
Porém eu sabia onde ela morava,
Sonhava e o sonho nunca acabou,
Mas a cabeça tanto nela pensou,
Fui lá a pé a ver se a encontrava.

Mas eu não tive a sorte de a ver,
Voltei com o pé pelo sapato roído,
Cada vez mais me estava a doer,
Mas ainda lá consegui algo saber,
O que com ela tinha acontecido.

O pai dela já lá não trabalhava,
Já tinha seguido para outro lado,
E ninguém da família la morava,
E a minha sorte assim se acabava,
Mas não fiquei nada conformado.

E depois de a quarta classe fazer,
Fui estudar para uma boa cidade,
Mas à espera de algum dia a ver,
Anos depois fiquei triste ao saber,
Ela já se tinha casado na verdade.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,4/07/2016

 Foto: Net

sábado, 2 de julho de 2016

O MUNDO EM ABISMO


























Manuel Mar. “Poesia”

O Mundo em Abismo!

Fujam ó palavras simples e bonitas!
Os terroristas vos querem já matar!
Escondam-se para a vida se salvar!
Das mãos assassinas dos trogloditas.

Esta Terra é já um abismo imundo,
Onde o mal vive e reina à vontade,
Cada vez é mais cruel sua maldade,
O Daesh já mata em todo o Mundo.

Ó homens livres é hora de cruzada,
É urgente rechaçar já o terrorismo,
É necessário apelar já ao heroísmo,
E reestabelecer a ordem quebrada.

Ó povos livres e senhores do Mundo,
É preciso desfraldar já as bandeiras,
Para irradiar tal mal das fronteiras,
Esse flagelo que paira e tão imundo.

Para ter paz é preciso fazer guerra,
Sempre assim foi e assim terá de ser,
O pior mal ainda poderá aparecer,
Se o terrorismo não acabar na terra.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 2/07/2016
Foto: Terrorismo em França

O UNIVERSO DOS SENTIDOS























Manuel Mar.”Poesia”

O UNIVERSO DOS SENTIDOS

O universo dos sentidos humanos,
Que é formado apenas por cinco,
São subdivididos conforme sinto,
Entre: Os sentidos bons e insanos.

Quem tem as qualidades morais,
Faz sempre o bem e nunca o mal,
E o seu comportamento é normal,
Defende para todos direitos iguais.

A VISÃO dá-nos todas as imagens,
A AUDIÇÃO do som mau e o bom,
O OLFACTO o cheiro mau e o bom,

O PALADAR, gosto do mau e bom,
O TACTO das mãos e zonas do corpo,
É tudo para decifrar as mensagens.

Manuel Mar.
Torres Novas, 2/07/2016

Foto: Net

LINDA E SERENA


























Manuel Mar.”Poesia”

Linda e Serena!

Descalça e com o cântaro à cabeça,
A linda morena traz água da fonte,
Mas escorrega ao passar pela ponte,
E aguarda que alguém lá apareça.

Essa coitada ficou toda encharcada,
E muito aflita com aquela situação,
Até parecia que partira seu coração,
Afinal era só uma perna magoada.

Mas quem a viu ao sair da sua casa,
E seguindo tão serena, muito linda,
Ao vê-la, assim, ficou consternado,

Levou-lhe uma bilha cheia pela asa,
Que ela logo agradeceu e ele ainda
A levou para sua casa com cuidado.

Manuel Mar.
Torres Novas, 1/07/2016

Foto: Net

O POETA LIBERTÁRIO







































Manuel Mar. ”Poesia”

O Poeta Libertário!

Aquele que poeta-livre se declara,
Pondo de lado a métrica e a rima,
Pode ser livre mas a poesia prima,
Só quem a escreve de forma clara.

Escrever montes de palavras ditas,
Sem observar as regras da poesia,
Podem conter arte e até fantasia,
Mas, são falsa poesia e malditas.

“Declaro-me liberto da inspiração”
“Que vá à fava a métrica e a rima”
Já vi muito libertário, isso declarar.

Mas eu, na minha pobre convicção,
Só pode fazer qualquer obra-prima,
Poeta inspirado que a saiba amar.

Manuel Mar.
Torres Novas, 2/07/2016

Foto: James Guillaume

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A SABEDORIA






































Manuel Mar. “Poesia”

A SABEDORIA

A sabedoria é o conhecimento,
Que uma pessoa bem instruída,
Aprende mais a cada momento,
Com inteligência desenvolvida.

E nenhuma sabedoria é inata,
Pois ninguém nasce ensinado,
É o que se aprende com data,
E fica no cérebro acumulado.

É dependente da capacidade,
Que o cérebro sempre contem,
Varia sempre com cada idade,
E é património de quem a tem.

Por vezes é como a mercadoria,
Aluga-se compra-se e se vende,
A natureza de toda a sabedoria,
É o conhecimento e muito rende.

A sabedoria é fruto da cultura,
Tem carater sempre universal,
Tanto pode ser bem como mal,
Conforme a consciência é pura.

De facto o que é tão engraçado:
Há tanto parvo e que tudo sabe;
Enquanto o sábio mais afamado,
Confessa sempre que pouco sabe.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 1/07/2016

Foto: Net

LEMBRANÇAS DO PASSADO































Manuel Mar. “Poesia”

Lembranças do passado!

Nos meus tempos de menino encantado,
O mundo que eu conhecia era o paraíso,
Na família à qual eu estava bem ligado,
Não me faltava nada tudo me era dado,
Mas eu era ainda criança de pouco ciso.

Tudo mudou quando fui para a escola,
Era o mundo novo que eu desconhecia,
Ia bem carregado com a minha sacola,
A professora ensinava o que ela queria,
Mas eu pouco conseguia meter na tola.

Depois à noite lá em casa tudo mudou,
Era o meu pai que me queria ensinar,
E a minha mãe também nisso ajudou,
Durante muito tempo assim se passou,
E eu ainda o que queria era só brincar.

Pouco a pouco, eu lá fui aprendendo,
Passei ano a ano até à quarta classe,
O tempo passava a vida ia correndo,
E eu sempre muito nos livros ia lendo,
A fazer que o meu saber se alargasse.

São estas lembranças de adolescente,
Que sempre mantive no pensamento,
Quer no passado e como no presente,
Me fizeram ser muito mais consciente,
De que a vida é bela a cada momento.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,1/07/2016

 Foto: Net

quinta-feira, 30 de junho de 2016

O MAR PORTUGUÊS

























Manuel Mar. “Poesia”

O MAR PORTUGUÊS

Avançando sobre as ondas do mar,
Portugal lançou imensas caravelas,
Com vento soprando sobre as velas,
Descobriu terras e por lá quis ficar.

Portugal fez um império grandioso,
Espalhado em diversos continentes,
Bons feitos de portugueses valentes,
Que fizeram Portugal mais glorioso.

Conquistando tantos mundos novos,
Foste maior entre as nobres nações,
Com muitas grandiosas expedições,
Ensinaste a fé em Deus a esses povos.

O mundo mudou e muito perdemos,
Só permanecem os feitos da história,
E os agraves de que temos memória,
Fomos espoliados sem o merecermos.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 30/06/2016

Foto: Net

A FAMA DO POETA


























Manuel Mar. “Poesia”

A FAMA DO POETA

A classificação formal da poesia,
Abrange multivariados factores,
E é mister de extrema sabedoria,
É a arte que encerra tal fantasia,
Só para especialistas e doutores.

É uma arte que não se aprende
Nos bancos de qualquer escola,
O poeta nunca na vida se rende,
O que escreve sempre depende,
Do estado de alma e da bitola.

O poeta é um ser de alma livre,
Devotado à mais alta perfeição,
Não é atleta de finta ou drible,
Nem sequer “le garçon terrible”
Mas é um ser com puro coração.

O poeta deve saber da sua arte,
Depois de possuir o próprio jeito,
O que pensa por outros reparte,
E sempre sujeito a viver à parte,
Porque quer ser sempre perfeito.

O poeta encerra no pensamento,
A imensidão de estados de alma,
E revê em cada exacto momento,
Tudo o que tem no conhecimento,
E escreve com perfeição e calma.

Essa poesia tem sabor e mestria,
E com arte sabiamente apurada,
Cheia do vigor e suprema magia,
A mostrar sua magistral filosofia,
Que a sua fama fica consagrada.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,30/06/2016

 Foto: FEBO

O FARSANTE









































CÂNDIDO ROSA “POESIA”

O FARSANTE

De chapéu e todo bem aperaltado,
Desce à rua para ir ganhar a vida,
Entra na tasca sempre humorado,
Mas vai pregar mais uma partida,
A qualquer um pobre desgraçado.


Encostado ao balcão, fica à espera.
Lá chega mais um e mete conversa,
Faz que o conhece já de outra era,
E mostrando que dele se interessa,
Com as artimanhas da melhor fera.

A vítima ao sentir-se bem tratada,
Pede para ambos comida e bebida.
O farsante com manha preparada,
Come e bebe à custa dele e à saída,
Ainda pede uma nota emprestada.

Há gente assim a viver disfarçada,
Que com mais lata que o ministro,
Vive nos outros muito pendurada,
O que ainda é grave e até sinistro,
É terem uma vida bem governada.

CÂNDIDO ROSA
®
30/06/2016
Foto: Net







terça-feira, 28 de junho de 2016

SONHAR ACORDADO





























ANA ROSA “POETISA”

SONHAR ACORDADO

Quem sonha acordado se inspira,
Mas acaba muitas vezes a dormir,
Com a alma feliz sempre a sorrir,
Da grande paixão com que delira.

A forma que a alma mais rejubila,
Quando essas paixões são secretas,
Que ferem o coração como as setas,
E se é homem sente crescer a ”pila”.

Os sonhos de amor são insensatos,
São como as miragens no deserto,
Que fazem ver tão belas imagens.

Os sonhos tecem cenas com actos,
Que são maravilhas tudo incerto,
Ao acordar perdemos as miragens.

ANA ROSA
®
28/06/2016

Foto: Net

AS AMIZADES DUVIDOSAS





































ANA ROSA (Poetisa)

AS AMIZADES DUVIDOSAS

Se vives bem tens sempre amizades,
Muita gente mais de ti se aproxima,
Mas no mundo há tantas falsidades,
E muita pessoa cheia de habilidades,
A falsa amizade, imenso nos vitima.

Porque há sempre “amigos da onça”,
Que procuram viver à nossa custa,
Vivem sempre como a “geringonça”,
Que sempre de tudo se desengonça,
E no fundo são gente falsa e injusta.

Se tiveres na tua vida um problema,
Essa gente de ti já não se aproxima,
Mas isso não deve causar-te dilema,
Regista esse facto e de forma serena,
Porque era só interesse a sua estima.

Escolhe muito bem quem te convém,
Não aceites esses amigos duvidosos,
Porque eles não gostam de ninguém,
E dizem-nos a tudo sempre o “amem”
E devem ser vistos como asquerosos.

Só é amigo quem connosco é frontal,
Não aquele que sempre nos enaltece,
Porque isso acontece como habitual,
E nem é o caso de nos quererem mal,
O amigo que ajuda nunca te esquece.


ANA ROSA
®
28/06/2016

Foto: Net

segunda-feira, 27 de junho de 2016

FADO DO ENGATE



























ANA ROSA POESIA

O FADO DO ENGATE
 Ele:
Não te valerá a pena refilares,
Se tu queres namorar comigo,
Responde mas ao que te digo,
Para comigo um dia te casares.

Ela:
Não sejas tão reles orgulhoso,
Mulher como eu nunca terás,
E não olhes nunca para trás.
Porque também és mentiroso.

Ele:
Eu sou a pessoa que te convém,
Disso podes ter bem a certeza,
Eu farei de ti a minha princesa,
E poderás ser a rainha também.

Ela:
Se tu não fosses tão peneirento,
Poderias ter sempre mais sorte,
A casar contigo, antes a morte,
Tu só tens é muito atrevimento.

Ele:
Cachopa tu estás tão enganada,
Eu sou o homem que te convém,
Minha mulher só tu ou ninguém,
E serás sempre a mulher amada.

Ela:
Já ouvi falar muito mentiroso,
E como tu não mente ninguém,
Não faças juras a mim também,
Tu nunca serás um bom esposo.

ANA ROSA
®
27/06/2016

Foto: Net

domingo, 26 de junho de 2016

SABER FAZER JUSTIÇA







































ANA ROSA POESIA

SABER FAZER JUSTIÇA

Fazer justiça é um dever primordial,
Seja a um cadastrado cruel assassino,
Seja ao delinquente primário menino,
Fazer sempre a justiça é fundamental.

Ao julgar é preciso apurar a verdade,
E sem ultrapassar o tempo adequado,
Mas, é a quem confessa todo o pecado,
Que o juiz deve condenar com piedade.

Só deve julgar quem é puro e honesto,
E fiel cumpridor das Leis da sua Nação,
Porque não é infalível a justiça humana.

Quando a má justiça é alvo de protesto,
É porque ela funciona fora da sua razão,
Ou age de forma tão demorada e insana.

ANA ROSA
®
26/06/2016

Foto: Net

GRAÇAS AO ENSINO





















ANA ROSA POESIA

GRAÇAS AO ENSINO!

Graças ao ensino sabemos como viver,
E aprendemos a caminhar livremente,
Ao cair é levantar e seguir em frente,
Nesta vida tudo nos poderá acontecer.

Hoje seremos nós a ajudar quem pedir,
Mas saberemos muito bem o que fazer,
Ajudamos sem nada em troca receber,
E da melhor maneira que se conseguir.

Poderemos ter dificuldade de ensinar,
Só ajudamos com aquilo que sabemos,
Sempre com boas normas e humildade.

Quem crê em Deus pode com Ele contar,
Ele só nos dá aquilo que Lhe merecemos,
E tratar o próximo sempre sem maldade.

ANA ROSA
®
26/06/2016

Foto: Net