terça-feira, 9 de agosto de 2016

A POESIA POPULAR



























Relicário de Manuel Mar

A POESIA POPULAR

A poesia popular geralmente
Muito pouco era coisa escrita
O poeta dizia tudo oralmente
Mas de uma forma convicta.

Foi assim que muita quadra
Chegou os píncaros da fama
E era sonhada na boa cama
Mas a ouvir o cão que ladra.

O poeta ajeitava seus versos
Pelo seu bom conhecimento
Quando falava de tormento
Conhecia os casos perversos.

Podiam parecer ladainhas
Mas essas falam dos Santos
Os poetas não eram mancos
Nunca faziam as adivinhas.

O poeta falava como sentia
Da sua vida tão desgraçada
Às vezes de forma humorada
Outras mostrando a valentia.

Já excedi o que queria dizer
Ou de poeta sou o tagarela
E não apresentei a donzela
Essa Musa que faz escrever.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 9/08/2016

Foto: Net

ARTES, MANIAS E MANHAS































Relicário de Manuel Mar

ARTE, MANIAS E MANHAS

Arte, manias e manhas são imensas
Amores e ódios encerram filosofias
Que vivem procurando suas delícias
Mas que amam a suas recompensas!

Nunca ninguém dá nada a ninguém
Tudo terá de ser mais conquistado
E todos desejam ter grande reinado
Mas quem dá o que tem a pedir vem.

As artes serão sempre importantes
As manias serão só dos ignorantes
E sem manhas ninguém se governa.

Mas existe no mundo gente palerma
Deixam que todos lhe passar a perna
Já volta tudo a ser como era dantes.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,9/08/2016

Foto: Pintura de Salvador Dali

ARTES, MANIAS E MANHAS































Relicário de Manuel Mar

ARTE, MANIAS E MANHAS

Arte, manias e manhas são imensas
Amores e ódios encerram filosofias
Que vivem procurando suas delícias
Mas que amam a suas recompensas!

Nunca ninguém dá nada a ninguém
Tudo terá de ser mais conquistado
E todos desejam ter grande reinado
Mas quem dá o que tem a pedir vem.

As artes serão sempre importantes
As manias serão só dos ignorantes
E sem manhas ninguém se governa.

Mas existe no mundo gente palerma
Deixam que todos lhe passar a perna
Já volta tudo a ser como era dantes.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,9/08/2016

Foto: Pintura de Salvador Dali

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A MINHA NOSTALGIA
































Relicário de Manuel Mar

A MINHA NOSTALGIA

A minha nostalgia me transformou
Sou marinheiro da vida sem fundo
Vivendo no vazio do outro mundo!

Navego num barco com a saudade
Dessa vida sempre muito atrevida
O largo mar de maldade proibida!

Sou capitão duma vida que renego
Onde toda a esperança já morreu
Seguindo os passos do mundo ateu!

Galguei as ondas cruéis desta vida
Vencendo as tempestades infindas
Perdi-me no mar das musas lindas!

Hoje carrego na memória nostalgia
E se o vendaval da vida me fustiga
Já nenhuma das musas me é amiga!

Sou prisioneiro da minha saudade
E dos meus poemas tão silenciosos
Mas que em sonho foram gloriosos!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 8/08/2016

Foto: Net

A RELAÇÃO SOCIAL
































Relicário de Manuel Mar.

A RELAÇÃO SOCIAL

A relação social deve ser humana,
Tendo em geral a maneira formal,
Há quem faça na moda mundana,
O formal mantém a forma normal,
O de ocasião ou só mera obrigação,
O cerimonial, a apaixonada paixão.

Também há grandes preconceitos,
Antes de estabelecer uma ligação,
Porque todos sabem seus defeitos,
Todos pretendem ter a sua razão,
Todos fazem as coisas a seus jeitos
Mas aceitam cumprir os preceitos.

Quando é de negócio essa relação,
Aí já tudo muda sempre de figura,
Começa por haver muita discussão,
É preciso encontrar a forma segura,
De se fazer com que esse contracto,
Seja para ambos um grande pacto.

Para tudo correr bem na relação,
É preciso mostrar muita simpatia,
Falar bem com alma e o coração,
Para que tudo corra em harmonia
Porque quando tudo é verdadeiro
Gera a boa relação com o parceiro!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 8/08/2016

Foto: Net

COMO SERIA BOM VIVER SÓ NO VERÃO!?






























Relicário de Manuel Mar

COMO SERIA BOM
VIVER SÓ NO VERÃO!?

Como seria bom viver só Verão!?
Porque é tempo melhor e quente
Que torna o mundo todo contente
Por ter mais encanto e diversão.

Por vezes o Sol brilha até demais
O que incendeia muito a floresta
Enquanto uns dormem sua sexta
Outros apagam o fogo e dão ais!

O tempo varia impiedosamente
Passa de frio para muito quente
Que afecta mais novos e velhos.

É preciso haver todo o cuidado
Para o velho ser melhor tratado
Seguindo só os bons conselhos.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,8/08/2016

Foto: Net

O DESEJO DE VOAR































Relicário de Manuel Mar

O DESEJO DE VOAR

Era já muito clara a madrugada
Quando do meu sonho despertei
Fui à janela e a ver o céu reparei
Numa nuvem branca e prateada.

Ouvi ainda muitos galos a cantar
Anunciando o nascer da aurora
Ainda em pijama fui lá para fora
Admirei o astro Sol a despontar.

Senti o imenso desejo de ir voar
Por cima da terra e do longo mar
Só para ver melhor o Sol nascer!

O meu corpo já parecia levitando
Era eu que continuava sonhando
Nesta vida tudo pode acontecer!

 Manuel Mar.
®
Torres Novas,8/08/2016

Foto: Net

domingo, 7 de agosto de 2016

A VIDA MODERNA





























Relicário de Manuel Mar

A VIDA MODERNA

É tão diferente a vida moderna
O casamento é uma coisa rara
Para casar ninguém se prepara
O que casa é chamado palerma.

Os amores preferem brincadeira
Sem fazerem nenhum juramento
Vivem sem casa nem casamento
E a família vive de outra maneira.

O amor virou em sexo de animal
Mas quando algo lhes corre mal
Acaba logo a sua falsa relação.

Mas já os seus pais vivem a sós
E os filhos tratam deles os avós
A vida moderna quebrou a união.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,7/08/2016

Foto: Net

sábado, 6 de agosto de 2016

A VONTADE DE SOBREVIVER
































Relicário de Manuel Mar

A VONTDE DE SOBREVIVER

A vontade de sobreviver que sinto
Coabita a minha alma desde novo
Fiz versos com sabedoria do povo
E foi do povo que herdei o instinto.

As palavras que escrevo em verso
Eram dos velhos de quem as ouvi
Foi com eles que eu tanto aprendi
Eram os senhores do seu universo.

Eram homens rudes trabalhadores
Que a falar pareciam ser doutores
Com sabedoria popular e humana.

Trabalhavam sempre de Sol a Sol
Mas sabiam de cor um grande rol
Da sua cultura religiosa e profana.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,6/08/2016

Foto: Net

O MEU SEGREDO

































Relicário de Manuel Mar

O MEU SEGREDO

O meu segredo era estranho
Por nunca parecer o que era…

Não era pequeno de tamanho
Mas era uma grande quimera!

Tive o segredo bem guardado
Nunca falei dele com ninguém.

Eu andava calado e assustado
Porque tinha medo do desdém!

Mas pensava nele tantas vezes
Por não saber bem o que fazer.

Os meus dormires eram leves
Para o segredo não esquecer!

E sonhei a tirar-me um novelo
Que a linha me saia pela boca.

Eu enrolava a linha do cotovelo
Até à mão de forma bem louca.

Depois a linha partiu e acordei
Porque fiquei muito engasgado.

Fui à retrete e tudo, ali vomitei
Mas o segredo ficou guardado!

Manuel Mar.
® Verso dístico
Torres Novas,6/08/2016
Foto: Net

NÃO AO ABORTO









































Relicário de Manuel Mar

O NÃO AO ABORTO

Suprimir a vida humana
Será sempre imenso crime
E que ninguém se redime
Ao ter uma mente insana.

Qualquer pobre consciência
Sabe o que é o bem e o mal
Porque matar é tão imoral
Em qualquer jurisprudência.

Matar um feto é só maldade
Ao sacrificar um ser inocente
E nenhuma razão é decente
Quando é crime e crueldade.

Porque quem faz tal acção
Devia-se sentir nesse lugar
E seria capaz de se matar?
Parece-me bem que não!

E aos outros ninguém faça
O que nunca quer para si
Uma máxima que aprendi
Mas para alguns é chalaça.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 6/08/2016

Foto: Net

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O MEU SONHO


























Relicário de Manuel Mar

O MEU SONHO

O meu sonho morreu demente!
Transformando-se em pesadelo
Eu procuro-o em vão e sem vê-lo
Sinto tanta insónia permanente.

Passo horas infindas sem dormir
Porque a dormir vem o pesadelo
Como ainda não sei como detê-lo
Não durmo com medo dele surgir!

Já me deito sempre muito tarde
Que até já a vista tanto me arde
Por andar muito tempo acordado.

Dos dias felizes tenho saudade
Porque vivo cheio de ansiedade
De poder dormir despreocupado!

Manuel Mar.
®
Torres Novas,5/08/2016
Foto: Net

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

AO CORRER DA PENA








































Relicário de Manuel Mar

AO CORRER DA PENA

Quem julga que tudo sabe
Já não passa da cepa torta
O saber não bate na porta
De quem tem tal vaidade!

Quem se julga importante
Perde muito do seu tempo
O cabelo torna-se cinzento
Tudo muda num instante!

Quem se arroga de sabido
Tem que ter muito cuidado
Para não se achar perdido
Na primeira dificuldade!

Não pagar o que se deve
Não dá sorte a ninguém
Torna-se ladrão também
A dívida nunca prescreve.

O mundo viveria melhor
Se não houvesse maldade
Quem não diz a verdade
Faz o mundo muito pior!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 4/08/2016

Foto: Net

SONHEI SER POETA
































Relicário de Manuel Mar

SONHEI SER POETA

Ser poeta foi o meu sonho
Só via o mundo encantado
Senti a pobreza a meu lado
Mas tudo parecia risonho!

Não havia tanta maldade
Se havia, vivia escondida
Não havia gente perdida
Mas havia mais caridade!

Mas do sonho à realidade
Rebusquei mais a verdade
E perdi esse doce encanto!

Hoje que há mais riqueza
Ainda vive pior a pobreza
E é maior a dor e o pranto!


Manuel Mar.
®
Torres Novas,4/08/2016

Foto: Net

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

TER SAÚDE É RIQUEZA





























Relicário de Manuel Mar

TER SAÚDE É RIQUEZA

Ter saúde é riqueza e bem-estar
Mas precisa de ser bem cuidada
A cada dia sempre bem vigiada
Para em nós nenhum mal entrar.

Quem é descuidado com a saúde
Sem se lembrar do seu real valor
Não pode agir nunca a seu favor
Porque profundamente se ilude.

A saúde é um bem muito valioso
Mas tem que ser bem preservado
Necessita de tão imenso cuidado
Pois ela sempre é o bem precioso.

A vida de hoje é feita só a correr
O que faz muita gente se olvidar
Que da sua saúde deverá cuidar
Para sempre e bem poder viver.

O que da saúde mais se esquece
Quando a perde não foi um azar
Na verdade, foi por se descuidar
E não lhe dar o valor que merece.

Toda a gente corre pelo dinheiro
Tornando a sua saúde esquecida
Mas o nosso melhor bem é a vida
Investir nela é fazer o mealheiro.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 3/08/2016

Foto: Net

domingo, 31 de julho de 2016

O DESGOSTO
































Manuel Mar. ”Poesia”

O DESGÔSTO

Tu eras para mim um bom amigo
Mas não aceitaste minha palavra
Era o que eu de ti nunca esperava
Porque estava enganado contigo!

Ao mostrares essa tua face oculta
Fiquei desiludido por essa atitude
Mas que teve para mim a virtude
De reagir de forma muito adulta.

Só a pensar que foi grande ofensa
Perdi por ti, toda a minha crença
Mas perdoarei depois de esquecer!

O desgosto com o amigo é penoso
Mas perdoar ofensas é tão custoso
Porque esse vexame nos faz sofrer!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 31/07/2016

Foto: Net