Relicário dos Prazeres
Autor: Manuel Mar.
A Vida Passa!
Busque o amor um novo engenho,
Sem usar volúpia nem esquivança,
Crendo numa réstia de esperança,
Para mudar a má sorte que tenho.
Mas sem esperança me mantenho,
Nesta curta vida muito atribulada,
Tive tudo e fiquei mesmo sem nada,
Vou chegando ao fim sem empenho.
Conto mágoas com muito desgosto,
Relembro esses fugazes dias felizes,
Que a minha vida me proporcionou.
Mas, meu Sol é mais um Sol-posto,
Vivo suportado pelas velhas raízes,
Porque o meu bom tempo já passou.
Torres Novas, 19/03/2016
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