- Relicário da Nostalgia
- Autor: Manuel Mar.
- Meus Verdes Anos!
- Nasci numa aldeia quase perdida,
- Lá nos arrabaldes da Serra d’Aire,
- Onde a pobreza estava protegida,
- Pela riqueza pela terra produzida,
- Sempre sujeita à praga e a desaire.
- Meu pai era lá pequeno agricultor,
- Trabalhava de sol a sol e ao serão,
- Criava gado de que era seu pastor,
- Tinha caldeira onde era destilador,
- E do campo obtinha todo o seu pão.
- Quando rebentou a Segunda Guerra,
- Tinha eu apenas uns meses de idade,
- Ficou pior a vida lá na minha terra,
- Uma história que muita dor encerra,
- Porque a miséria era uma realidade.
- Apareceu um grande racionamento,
- O Estado explorava todo o agricultor,
- Foram esses anos só de padecimento,
- O agricultor tinha magro rendimento,
- A Pide que o prendia era o seu pavor.
- Quando acabou essa guerra maldita,
- A vida por lá a olhos vistos melhorou,
- O povo que viveu com a alma aflita,
- Acreditou que foi a bênção bendita,
- Da Senhora de Fátima que o salvou.
- Torres Novas, 16/04/2016
sábado, 16 de abril de 2016
MEUS VERDES ANOS
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