Relicário de Poesia
FORTUNA
A minha fortuna foi ter nascido,
São, sadio e com discernimento,
Mas neste mundo de tormento,
Há quem se sinta arrependido.
Fiz um avultado investimento,
Para manter a minha fortuna,
Foi numa época bem oportuna,
Em que usei todo o meu talento.
Não fiz mais porque não sabia,
Mas arrisquei quanto eu podia,
E só vivia como tinha desejado.
Quando não me restou a saúde,
Meti-me dentro do meu ataúde,
E já sem a fortuna fui sepultado.
Manuel Mar.
®
Torres Novas,21/07/2016
Foto: Net
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