O Diário dos Contos de Manuel
Mar.
O BRAÇO ESFORÇADO
A implantação de República
Portuguesa, em 1910, trouxe profundas e cruéis mudanças que muito afectaram o
viver das gentes do nosso povo.
A expulsão dos jesuítas teve
consequências muito nocivas, basta lembrar que todo o ensino em Portugal estava
na mão deles e, ao confiscarem-lhe todos os bens nada o país lucrou e o pior
foi conduzir as finanças públicas à penúria pois toda a economia se arruinou. Muitas
casas comerciais e financeiras faliram e, o próprio estado ficou sem nada no
tesouro e cheio de grandes dívidas.
Se a vida nas cidades era uma
verdadeira miséria e havia roubos de noite e de dia mesmo com portas trancadas às
sete chaves, a vida no campo também não era boa, mas sempre havia alguma ajuda
entre os vizinhos.
Nas aldeias, cheias de gente
nova e trabalhadora, produzia-se tudo o que era possível para vender nas vilas
e nas cidades para matar a fome a todos mas, mesmo assim, ainda havia falta de
tudo.
Pode-se dizer, em abono da
verdade, que foi o braço esforçado do povo que venceu, com grandes sacrifícios,
essa grande crise e, apesar de ter sido agravada pelo rebentar da 1ª Grande
Guerra Mundial de 1914 a 1918.
Foram anos de dificuldades e
privações até ao Estado Novo e à Constituição de 1933 altura em que começaram a
resultar as medidas impostas por Salazar que, conduziram à recuperação da
Economia e finanças de
Portugal, e que foram progressivamente melhorando até ao 25 de Abril.
A chamada revolução dos cravos
feita em nome da salvação do povo, se trouxe algumas melhorias foi sol de pouca
dura, porque decorridos dois anos estavam esvaziados os cofres do estado e,
temos andado de crise em crise e, adeus mundo, na realidade, não existe nenhuma
garantia de e que o nosso futuro será melhor.
O que se sente é que a luta
política se tornou num luxo de disputa
desenfreada de tudo o que são lugares do poder da nação e
que toda a governação do estado português consome o que o país não consegue
produzir.
Assim compete ao povo acabar
com todos os luxos do governo, da assembleia da república, e de todos os
departamentos do estado, fazendo com que a lei seja igual para todos.
É preciso moralizar as
hierarquias e introduzir uma escala com sete degraus e que cubra todas as
categorias de trabalhadores universalmente com base no mérito de cada um e não
nos lobbies que se tem criado por todo o lado.
Todos os privilégios que se
foram criando para os servidores do estado não tem nenhuma razão de existir: ou
serão extensivos para todos os trabalhadores; ou terão de acabar.
Os escalões de vencimentos
seriam assim:
525€ para ordenado mínimo e
3.675€ para ordenado máximo.
725 € “ 5.075€ “
Se continuar como está não pode
conduzir a um bom destino na minha opinião.
Manuel Mar.
®
Torres Novas,25/03/2015
Foto: Net
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