sexta-feira, 29 de julho de 2016

SEMPRE HEI-DE AMAR-TE
































Manuel Mar. ”Poesia”

SEMPRE HEI-DE AMAR-TE

Sempre hei-de amar-te intensamente
E a todo o momento só pensarei em ti
Porque foi naquela hora em que te vi
Que te desejei tão apaixonadamente!

Ao ver-te a sair das ondas dessa praia
Rejubilou a minha alma só por te ver
Eu queria que isso viesse a acontecer
Porque desejava ver-te mas sem saia!

Mas sei que te amo tão perdidamente
Que desejo viver contigo eternamente
Se a esta declaração me deres teu sim!

Eu desejo dar-te amor na minha vida
E quero que fiques muito convencida
De que te amarei mais do que a mim!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 29/07/2016

Foto: Net

quinta-feira, 28 de julho de 2016

LÁGRIMAS SALGADAS































Manuel Mar. ”Poesia”

Lágrimas Salgadas!

Olhando as ondas do mar agitadas
Sentado numa rocha junto à praia
Lá onde o teu corpo quase desmaia
E da face correm lágrimas salgadas.

Chorando tuas lágrimas de saudade
E mágoas já escondidas pelo tempo
Da sorte do teu grande salvamento
Por naufragares numa tempestade.

Esse barco era a tua grande riqueza
Que a pescar livravas-te da pobreza
E agora vives com muita dificuldade.

A tua vida tão triste e enconformada
Salvou-se de ser lá no mar, enterrada
Ora a Deus! Ele te salvou por piedade!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 28/07/2016

Foto: Net

ODE AO OLHAR
































Manuel Mar. ”Poesia”

ODE AO OLHAR

O olhar é a maior faculdade
Que Deus deu ao ser humano
Que possui o poder soberano
De ver bem toda a realidade!

É a visão que nos impressiona
Ao vermos as belezas naturais
E a sentir os desgostos mortais
Bem como o que nos apaixona!

Quase tudo depende da visão
Sem ela vivíamos a escuridão
Pois seríamos todos ceguinhos.

A visão é o maior de sentidos
De cinco muito bem queridos
São muito nossos amiguinhos!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 28/07/2016

Foto: Net

quarta-feira, 27 de julho de 2016

A ESSÊNCIA DO BEM




























Manuel Mar. ”Poesia”

A ESSÊNCIA DO BEM

A essência do bem sente-se no silêncio
Quando a alma, em plena consciência
Procura resolver situações de carência
Que a livrem de viver com esse suplício.

Essa essência que nos fortalece a alma
Dando-nos a energia que vence o mal
Semelhante a uma força sobrenatural
Que faz renascer o amor e mais calma.

Assim, enfrentaremos com calma o dia
Procurando viver com a maior alegria
Esquecendo receios e as preocupações!

Fazendo bem encontramos felicidade
Fechando bem as portas da maldade
Encontramos na vida as boas soluções!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 27/07/2016

Foto: Net

segunda-feira, 25 de julho de 2016

DIA DO ESCRITOR























Manuel Mar. ”Poesia”

O DIA DO ESCRITOR

No dia do escritor consagrado
Quer em rima, quer em prosa
É natural, escrever uma glosa
Que o torne autor doutorado!

Aqui lhe mando muita estima
E sem lhe fazer nenhum favor
Sinto que merece tanto louvor
À sua tão valiosa obra-prima!

Quer seja poeta ou um escritor
Que trata a sua arte com amor
Merece também condecoração!

Mas isso são coisas de doutores
Lá nas altas esferas moradores
Que zelam a glória da Nação!

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 25/07/2016

Foto: Net

DEVAGAR SE VAI LONGE








































Manuel Mar. “Poesia”

DEVAGAR SE VAI LONGE

Faço o meu caminho devagar
Que já está velho, meu motor
Quem tem pressa pode andar
Todos me podem ultrapassar
Eu não sou nenhum corredor!

Não corro e não tenho pressa
Não tenho ninguém à espera
E quem corre sempre tropeça
Espero que tal, não aconteça
Porque esta vida já é austera!

O cansaço perturba a mente
E não deixa ninguém pensar
Por isso só ando calmamente
Não me interessa ir à frente
Vou sem parar mas devagar!

Quem corre chega já fatigado
Por só querer chegar à frente
Eu caminho muito descansado
Sem pressa, vou a todo o lado
Como faz toda a velha gente!

Anda depressa quem precisa
De resolver os seus problemas
O velho já só devagar desliza
Sabe que a calma que utiliza
O defende de muitos dilemas!

Manuel Mar.
®
Torre Novas, 05/07/2016
Foto: Net

domingo, 24 de julho de 2016

A POLÍTICA























Cândido Rosa “Poesia”

A POLÍTICA

A presunção de falar sem nada dizer
Vê-se a toda hora nos meios políticos
E quando eles falam com seus críticos
A sua retórica é difícil de se perceber!

Usando a retórica mais maquiavèlica
Falam muito, mas de concreto é nada
Empregam a cantilena bem estudada
Até já parecem uma seita evangélica!

Há quem diga que decoram a cassete
E falam como uma "madame coquette"
Mas sempre a dizer o mesmo e repetir!

No fundo servem para tudo empatar
E só querem ver o seu tempo a passar
Alguns só passam por lá para dormir!

Cândido Rosa
® Direitos reservados
25/07/2012
Foto: Net

O DESESPERO NA VIDA































Manuel Mar. ”Poesia”

O DESESPERO NA VIDA

Hoje o ser humano sofre demais
Perante dificuldades e dilemas
Vive preso mesmo sem algemas
O que origina desesperos fatais.

A falta de emprego e de saúde
Causam o desespero às pessoas
As condições hoje não são boas
A vida corre mal e muito ilude!

Grassam problemas tão sérios
Causados por falta de critérios
Dos Governos da pobre Nação!

Falam demais e fazem pouco
Ainda vai aparecer um louco
A fazer uma outra revolução!

Manuel Mar.
Torres Novas, 24/07/2016

Foto: Net

OS MEUS OLHOS




































Manuel Mar.”Poesia”

OS MEUS OLHOS

Os meus olhos hoje mostram
A alegria que sinto em mim
E nem sempre os sinto assim
Dos dias tristes se desgostam!

São dias cheios de felicidade
O fruto dessa sentida alegria
Que a minha alma contagia
Sempre com tanta facilidade!

Meus olhos são um reflector
Quer da alegria quer da dor
E com uma total fidelidade!

Os meus olhos não mentem
E são eles que tudo sentem
Mas com uma fiel lealdade!

Manuel Mar.
Torres Novas, 24/07/2016

Foto: Net

O REFÚGIO AMALDIÇOADO

























Manuel Mar. “Poesia”

O REFÚGIO AMALDIÇOADO

Quando era menino brincava às casinhas
E já fazia delas o meu castelo de refúgio
Brincava com as coisas que eram minhas
Mas aprendendo com as lindas avezinhas
A maneira de construir o meu subterfúgio.

E fiquei com essa ideia metida na cabeça
Durante os bons anos da minha mocidade
Mas, e por muito estranho que isso pareça
Eu comecei a construir um refúgio à pressa
Quase ao centro duma minha propriedade.

Eu aspirava viver no meio daquele monte
Lá nos arrabaldes dessa linda Serra d’Aire
Tinha lá boa água como a da melhor fonte
Desfrutava do mais maravilhoso horizonte
Mas acabei por sofrer lá o grande desaire.

Furtaram-me tudo quanto eu lá detinha
E, até portas e os portões, tudo limparam
Queixei-me à polícia da má sorte minha
Contei tudo como quem reza a ladainha
E para o Tribunal, queixa eles mandaram.

Meses depois chamaram-me ao Tribunal,
Só para dizerem que nada foi encontrado
O que já é conhecido e de forma habitual
Que muitos roubam no já velho Portugal
E qualquer dia ainda nos roubam o fado.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,24/07/2016

 Foto: Refúgio

AS ALMAS PENADAS



























Manuel Mar. ”Poesia”

AS ALMAS PENADAS

São as que vagueiam pelo infinito
Depois de darem seu corpo à terra
O mistério que seu destino encerra
Remanesce na escuridão como mito!

Não foram julgadas e condenadas
E andam descarnadas sem destino
Lá só encontraram portas fechadas
Mas vão rumando como peregrino!

Aí permanecerão até ao Juízo Final
O que acontece a todo o ser mortal
Como os profetas sempre disseram!

Os condenados seguirão ao inferno
E os benditos alcançarão céu eterno
Os astros celestes por fim acabarão!
  
Manuel Mar.
Torres Novas, 17/05/2016

Foto: Net

quinta-feira, 21 de julho de 2016

SABEDORIA DO POVO
















Relicário de Poesia

SABEDORIA DO POVO

Na vida nem tudo é mau,
O desporto é um desafio,
Quando partes o degrau,
Dá-te sempre um arrepio.

Homem morto é defunto,
Tudo parte no ponto fraco,
Quando não sei pergunto,
Homem já foi um macaco?

Nem tudo é sempre bom,
O fado é sempre destino,
Tocado mas fora do tom,
Soará mal qualquer hino.

Mulher bela é a preferida,
Mulher feia ninguém quer,
A vida fica comprometida,
Se escolhes uma qualquer.

Se não gostas o que tens,
Só tens de mudar de vida,
Mas se deres os teus bens,
Acabas com a vida perdida.

Dizem do pior do Satanás,
Sem fazer mal a ninguém.
Já disso ninguém é capaz,
Sobre o Governo que tem.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,21/07/2016

Foto: Net

A FORTUNA





























Relicário de Poesia

FORTUNA

A minha fortuna foi ter nascido,
São, sadio e com discernimento,
Mas neste mundo de tormento,
Há quem se sinta arrependido.

Fiz um avultado investimento,
Para manter a minha fortuna,
Foi numa época bem oportuna,
Em que usei todo o meu talento.

Não fiz mais porque não sabia,
Mas arrisquei quanto eu podia,
E só vivia como tinha desejado.

Quando não me restou a saúde,
Meti-me dentro do meu ataúde,
E já sem a fortuna fui sepultado.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,21/07/2016
Foto: Net

A DANÇA À GREGA




























Relicário de Poesia

A DANÇA À GREGA
Num país de imensas tradições,
E com a democracia na sua raiz,
Tem vida cheia de contradições,
O povo tem até muitas aflições,
E nunca consegue viver ali feliz.

Mas há muitos anos já se sabia,
Que a democracia é coisa rara,
A candeia a que ela se alumia,
Nasceu de uma grande utopia,
E além de muito lenta é cara.

Era bonita se não tivesse custo,
Mas já se viu que é uma utopia,
Que o povo apanha muito susto,
E ninguém recebe o que é justo,
Gasta-se tudo com democracia.

O pior de tudo é uma miragem,
De todos fazerem vida de ricos,
O povo seduzido nessa imagem,
Vive a vida com pouca coragem,
E passa a vida a tapar os bicos.

E quando se gasta o que não há,
Devia haver muito mais cuidado,
A vida nunca deixará de ser má,
Viver do crédito sempre foi e será,
Um custo de vida mais agravado.

A democracia fez-se dona de tudo,
Mas gasta de mais e tem de pedir,
O governo faz da vida o entrudo,
E toda a raia que é o povo miúdo,
Perde tudo com sorte se não falir.

Manuel Mar.
®
Torres Novas, 3/07/2016


Foto: Net

quarta-feira, 20 de julho de 2016

O DIA DO AMIGO (A)






























Manuel Mar. ”Poesia”

O DIA DO AMIGO (A)

Amigo, sem ti não era tão feliz!
Muito grato pela tua amizade!
Ela é o maior bem na verdade,
Mas foi a sorte que assim o quis.

Sem amigos a vida é incompleta!
Obrigado por tu me completares!
Os amigos são bens tão salutares.
Que só a saudade tanto os afecta.

Namoradas (os) hoje vão e vêm.
Muitos desconfiam do quem têm.
Só os amigos para sempre ficam.

O amor dos amigos é mais puro,
Por ser sempre tão leal e seguro,
E com reciprocidade se dedicam.

Manuel Mar.
Torres Novas, 20/07/2016

Foto: Net

ALDEIA DOS SOUDOS





























Manuel Mar. “Poesia”

ALDEIA DOS SOUDOS

Essa bela aldeia onde nasci,
E foi para mim importante,
Foi a terra onde eu lá cresci,
Foi nela que muito aprendi,
E dela estou agora distante.

Lá me senti como no paraíso,
No centro de grande família,
Que tinha o que era preciso,
Era gente com grande juízo,
Mas trabalhava noite e dia.

Viviam do amanho da terra,
Trabalhando-a de Sol a Sol,
Decorria a Segunda Guerra,
Era nos arrabaldes da Serra,
Onde não faltou o pão mole.

Era tempo do racionamento,
Haviam grandes dificuldades,
Mas criávamos bom alimento,
Que dava para nosso sustento,
E se vendia nas Vilas e Cidades.

Tinha já os sete anos de idade,
E lá ia de burro aos mercados,
Vender só o que era novidade,
Mas eram frutos de qualidade,
Que eram bem apresentados.

Mas eu ia bem acompanhado,
Era pelo meu pai geralmente,
Ele ia lá na bicicleta montado,
Pagar a entrada no mercado,
E vendia-se quase de repente.

Manuel Mar.
®
Torres Novas,20/07/2016
 Foto: A casa onde nasci



terça-feira, 19 de julho de 2016

HOJE EM DIA

















Manuel Mar. “Motes”

HOJE EM DIA…

As pessoas agora sabem o preço de tudo,

Mas elas não sabem o valor de Nada…

Os casais juntam-se e poupam mesmo tudo,

E até filhos, que já não há quase nada…


Manuel Mar.
®
Torres Novas, 27/07/2015

Foto: Net