- Relicário dos Prazeres
- Autor: Manuel Mar.
- Aldeia abençoada!
- Do meu tempo de juventude,
- Guardo gratas recordações,
- Daquilo que vivi sem atitude,
- Ainda andava com os calções,
- Das pessoas de muita virtude,
- Que me davam bons sermões,
- Demonstrando em amplitude,
- Para não restarem as ilusões,
- Deste mundo que tanto ilude,
- Praticando tantas más acções.
- Gostava de fazer malandrices,
- Quando surgia a oportunidade,
- Inventava sempre as aldrabices,
- Como se fossem pura verdade,
- Era tempo de tantas crendices,
- Esse belo tempo da mocidade,
- Porque faziam muitas tolices,
- E às vezes de grande maldade,
- Mas foram tempos bem felizes,
- Onde se fazia muita amizade.
- Vivi numa aldeia abençoada,
- Repleta de amor e de carinho,
- Tod’a gente era até educada,
- E vivia bem com o seu vizinho,
- O campo era cavado à enxada,
- E amanhado bem devagarinho,
- Toda a casa que era abastada,
- Limpava sempre o caminho,
- A gente pobre era ajudada,
- Cada casa parecia um ninho.
- Torres Novas, 13/04/2016
quarta-feira, 13 de abril de 2016
ALDEIA ABENÇOADA
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